Com uma proposta descentralizada e o uso do AT Protocol, Bluesky desafia o Twitter
A Bluesky é uma nova rede social de microblogging, vista como uma das maiores concorrentes do Twitter. Assim como o Passarinho Azul, ela aposta em conteúdos curtos e em uma linha do tempo contínua, com um design muito familiar.
O que realmente a diferencia é o uso do AT Protocol, um protocolo exclusivo que permite a comunicação entre várias redes sociais em um único ambiente. Para entender melhor, imagine sistemas de e-mails ou números de telefone: independentemente da operadora ou provedor, é possível se conectar com qualquer pessoa.
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Outro diferencial da Bluesky é o seu código-fonte aberto. Isso significa que qualquer pessoa pode estudar, modificar ou criar ferramentas a partir do código da plataforma. Sem o controle centralizado de uma empresa, a comunidade tem o poder de tomar decisões e ditar os rumos da rede, de forma mais democrática.
A origem da Bluesky
O projeto Bluesky nasceu com o incentivo do Twitter em 2019, quando a plataforma buscava uma rede mais aberta e menos centralizada. Jay Graber, especialista em redes descentralizadas, é a fundadora, com o apoio de figuras como Jack Dorsey, ex-CEO do Twitter, e Jeremie Miller, criador das tecnologias Jabber/XMPP.
Dorsey, após deixar o comando do Twitter em 2021, se dedicou a desenvolver essa nova plataforma, tentando resgatar o espírito original dos tempos iniciais do microblogging.
Com a compra do Twitter por Elon Musk, a Bluesky chegou a correr riscos, já que Musk não teria interesse em financiar um concorrente. Assim, a solução foi desvincular o projeto do Twitter, e a lista de espera da Bluesky foi aberta em outubro de 2022.
O que é o AT Protocol?
O AT Protocol, ou Authenticated Transfer Protocol, é um sistema federado e de código aberto que permite a criação de redes sociais individualizadas dentro de uma estrutura maior. Com ele, é possível migrar contas de um provedor para outro sem perder dados.
A ideia é semelhante à do Mastodon, mas com uma abordagem mais amigável para o usuário comum.
Esse protocolo permite integrar várias redes em um só ambiente, como se você pudesse visualizar postagens do Instagram, Twitter e TikTok no mesmo espaço.
Empresas podem criar suas próprias redes e gerenciar comunidades com regras específicas e algoritmos personalizados. O grande diferencial é que nenhum indivíduo ou empresa controla tudo, sendo a gestão compartilhada entre os usuários.
Como conseguir um convite para o Bluesky?
Atualmente, há duas maneiras principais de conseguir um convite para o Bluesky:
Inscrever-se na lista de espera pelo site oficial;
Receber um convite de um usuário que já esteja na plataforma.
O modelo de convites lembra redes como Orkut e Clubhouse. Cada usuário pode enviar no máximo quatro convites por mês, o que torna o ingresso um processo lento. Para verificar a disponibilidade de convites, basta acessar o Menu Lateral e procurar pela opção “invite codes”.
Bluesky vs. Twitter
Em termos visuais, a Bluesky lembra muito as versões mais antigas do Twitter, com algumas diferenças notáveis. A Bluesky ainda não suporta vídeos, áudios ou GIFs, mas permite a postagem de links e imagens.
Também não há opções avançadas de personalização de perfil nem assinaturas pagas. O serviço está em fase de testes e, por enquanto, só está disponível em inglês.
A velocidade de carregamento das postagens é outro ponto em que a Bluesky perde para o Twitter, levando alguns segundos a mais para atualizar o feed.
Vale a pena entrar na Bluesky?
A resposta depende do seu objetivo. Se você deseja interagir com amigos ou explorar novas comunidades em uma plataforma com menos concorrência, o Bluesky é uma boa opção.
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Para marcas e empresas, no entanto, o número reduzido de usuários pode ser uma barreira inicial. Assim como aconteceu com redes como Mastodon, a Bluesky ainda está em um momento de crescimento e precisa provar seu valor.
Seja qual for sua escolha, é importante usar a plataforma sem grandes expectativas e sempre manter alternativas de conteúdos em outras redes sociais. Os próximos meses serão cruciais para determinar o futuro da Bluesky.