quarta-feira, dezembro 4, 2024
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    Bordadeiras confeccionam peças únicas para o desfile de abertura de Paris 2024

    Uniformes bordados à mão elevam a cultura brasileira na abertura olímpica em Paris

    Em uma manifestação de arte e cultura que transcende fronteiras, bordadeiras do semiárido do Rio Grande do Norte se destacam na cerimônia de abertura das Olimpíadas de 2024 em Paris.

    Com habilidade, amor e dedicação, 80 artesãs de Timbaúba dos Batistas transformam simples jaquetas jeans em emblemas de orgulho nacional, bordando à mão animais emblemáticos da fauna brasileira como onças, araras e tucanos.

    Este projeto não apenas homenageia a rica biodiversidade do Brasil, mas também enfatiza a importância da sustentabilidade e da tradição manual no cenário global.

    Confira: Paris 2024 será a primeira Olimpíada com equidade de gênero

    A iniciativa, fruto da colaboração entre as bordadeiras e a Riachuelo, fornecedora dos uniformes, revela o poder do bordado manual, uma arte que atravessa gerações em Timbaúba dos Batistas, cidade de cerca de 2.500 habitantes.

    Salmira de Araújo Torres Clemente, uma das bordadeiras, compartilha que o segredo do bordado está no amor e na transmissão de energia, amor e afeto de mãe para filha, uma tradição que se revela terapêutica e agora ganha reconhecimento internacional.

    Os uniformes desenhados para os atletas brasileiros são uma fusão de elementos tradicionais e contemporâneos. Incorporando o jeans, tecido com origens francesas, e detalhes em listras breton, as peças são feitas com materiais reciclados, destacando o compromisso com a moda sustentável. Cathyelle Schroeder, diretora de marketing e comunicação da Riachuelo, ressalta a união entre moda e patriotismo, buscando inspirar os atletas com a energia e o orgulho nacional.

    A experiência é compartilhada por Bárbara Domingos, ginasta rítmica e primeira atleta a vestir os uniformes. Sua visita a Timbaúba dos Batistas para conhecer as artesãs e o processo de criação foi um momento emocionante, reforçando o valor das peças únicas que levará consigo na cerimônia. Histórias como a de Iraneide Batista de Araújo, que viu no bordado uma forma de expressão e orgulho, enfatizam a importância desse trabalho artesanal.

    Essa colaboração entre bordadeiras do Rio Grande do Norte e a equipe olímpica brasileira vai além da moda, celebrando a riqueza cultural do Brasil e seu povo resiliente. Ao desfilar em Paris, os atletas não apenas representam o país no esporte, mas também carregam consigo o legado de gerações de mulheres dedicadas à arte do bordado, destacando a singularidade e a beleza da tradição brasileira nas Olimpíadas.

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